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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Faz de conta

Faz de conta que não somos reais
Faz de conta que você não é capaz
Faz de conta que não sabe o que quer
Faz de conta que não sabe o que é
Faz de conta que existe luz
Faz de conta que nada lhe seduz
Faz de conta que o dia vai nascer
Faz de conta que ninguém nasce pra morrer
Faz de conta que chegamos ao final
Faz de conta que não existe o mal
Faz de conta que nada é ruim
Faz de conta que estas perto de mim
Faz de conta que somos felizes
Faz de conta que não temos cicatrizes
Faz de conta que ninguém lhe tira a paz
Faz de conta que já viveu demais
Faz de conta que és uma criança
Faz de conta que existe esperança
Faz de conta que é bom mesmo assim
Faz de conta que não chegamos ao fim
Faz de conta que vamos conseguir
Faz de conta que não tenho que partir.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Angustia Suprema



Angustia suprema
Aflige meu coração
Pensamentos que não sei de onde vem
Só sei que vem
Destruindo a minha paz
Paz o que é isso?
Neste mundo alguém tem?
Conflitos, medos, saudades.
De quê?
Do futuro incerto?
Medo de quem está perto?
Saudade de quem partiu?
Ou das palavras que nunca se ouviu?
Sei não, é complicado demais explicar,
E o que me resta fazer?
Angustiar-me e sofrer,
Esta é minha vocação.
Ser um louco?
Ou alguém mal compreendido?
Não importa só sabe é quem sofre,
É quem vive de verdade,
Quem encara a realidade de frente,
Que pensa e não só vive como demente,
Como quem espera a hora,
Como quem não quer ir embora
Como questiona o viver,
Pois viver para quê?
Tem que ter algum sentido,
Não só vegetar e passar despercebido
Pelo mundo algum tempo
Viver pra mim é tormento
É uma busca por algo mais
Viver angustiado é querer
Viver , viver e viver.

Judson Pereira Dias da Silva

terça-feira, 27 de julho de 2010

Natureza


Olhando a natureza
E vendo tanta beleza
Eu peço ao criador
Que não me tire a dor
Que me deixe ser sonhador
E nunca afaste de mim o amor
Pois olho o céu e vejo o senhor
O senhor da criação
Basta olhar para o clarão
Que o sol traz-me a vista
E olhar todas as conquistas
Que vemos a nossa volta
Desde o nascer ao morrer
Desde o choro a gargalhada
Desde a vida já marcada
Pelas rugas e pelo tempo
Do calor a brisa do vento
Da chuva que traz a vida
E do calor que a faz partir
Tudo nos faz refletir
O milagre de estar vivo
Até mesmo os depressivos
São capazes de sentir
Que a natureza é mãe
E mesmo que a vida arranhe
Por instantes nossa paz
Não nos tira a clareza
Que só mesmo a natureza
É a dona da vida
Da chegada e da partida
E eu falo mesmo é da vida
Que temos que valorizar
E da natureza cuidar
Pois é nossa obrigação

SOL & LUA


Sol e Lua
Separados pelo tempo
Sol e Lua que nunca se encontraram
Sol e Lua que se desejaram
Sol e Lua que nos fins de tardes se enamoraram
Ao olhar um para o outro a distância
Com tristeza e desejo no olhar
Sol e Lua que nunca esperavam se encontrar
Sol e Lua eternos amantes
Sol e Lua de olhares cativantes
Sol que sofre mas com o tempo
Lua das noites de tormento
Lua que vê o amor desabrochar
E desejosa fica o Sola a esperar
Sol que na manhã irá brilhar
E com seu brilho a Lua ofuscará
Ó amantes que por instantes vencerão
Que no eclipse encontraram a solução
Para se amar aos olhos de todos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando eu não mais existir


quando eu não mais existir
me procure nos livros
nos poemas
no luar
na canção do passarinho
no orvalho da manhã
na beleza das flore
no nascer do sol
no beijo apaixonado dos namorados
no singelo sorriso de uma criança
nas brincadeiras dos palhaços
no orgulho de fazer o bem
no prazer de ter alguém
na canção que diz te amo
nas festas de são joão
no orgulho de ser do sertão
de ir e vir a qualquer hora
no amar o nascer e o morrer
na certeza de que eu amo muito você

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sertão


É aqui no sertão
No sertão do seridó
Que se sente a verdadeira
Vontade de ser feliz
Basta olha para a raiz
Deste povo sonhador
Que luta, sofre e segue em frente
Iguais a eles muita gente
Faz isso todos os dias
Mas sem perder a alegria
Eu garanto que não tem
Pois só quem vive aqui
No sertão do cariri
No sertão do seridó
No sertão dos tapajós
Onde a natureza é bela
Onde o sol abre a janela e os leva a trabalhar
Sabe bem valorizar
A família e os amigos
Não tem medo do perigo
Nem quer saber de tristeza
Pois olhar a natureza
Na seca aqui do sertão
É de cortar coração
Vê já tanto sofrimento
Mas a chuva é um alento
Quando chega não demora
Onde a esperança aflora
É sinal de quê choveu
Só pra quem ela mereceu
É assim que o povo pensa
Levanta a cabeça e teima
Pode vir que nós agüenta
Este é o sertanejo que vive aqui no sertão
Homem de bom coração
Que espera a partida
E o final desta vida
Não a teme assim deseja
Em Deus o sertanejo almeja
Alcançar um bom lugar
Estou aqui para contar
Como quem senti e fala
Deste povo que não cala
Diante do sofrimento
Pois viver não é tormento
É ser privilegiado
Eitá sertão velho de gado
Que amo e jamais deixarei
Esta foi a minha fala
Pois um poeta não cala,
Só sai de cena outra vez.



JUDSON PEREIRA
2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Labirinto


Há momentos em meu dia
Em que me afasto de ti
São pequenos instantes
Mas para minha alma é uma eternidade
Onde me vejo no escuro
Em um labirinto sombrio
Que me angustia em te procurar e não te achar
Nestes instantes o chão foge dos meus pés
E me sinto mergulhar em um lago de águas escuras
Onde na ânsia de escapar minha mente traz a mim
Pensamentos impuros e indignos
Pensamentos que trazem alivio e dão medo
E é neste aglomerado de sentimentos
Que minha alma se encontra
Reprimida, oprimida ,
Presa em um conjunto de leis e costumes
De doutrinas falsas
De verdades inexistentes
Onde procuro respostas que não existem
Onde busco o amor no ódio
E encontro alegria no pecado
Ó vida insana
Ó tormento sem fim
Quisera eu escapar da razão
Quisera eu não ter coração
Quisera eu não conhecer a paixão


Judson Pereira
2005

Noite


Noite longa, de pensar inacabado
Noite que esconde segredos bem guardados
Noite de silencio e de aflição
Noite rompida por um clarão
Noite que desejo e espero
Noite traz aquilo que mas quero
Noite longa ou noite curta
Noite que nos lembram disputa
Noite de fracos e miseráveis
Noite de burgueses assoberbados
Noite de beleza sem igual
Noite usada para o mal
Noite das estrelas mas belas
Noite que me afasta dela
Noite de incerteza e alegria
Noite que antecedem aos dias
Noite que separa o bom do ruim
Noite traz ela pra mim
Noite que diminuem a distancia
Noite dos sonhos de criança
Noite que passa tão devagar
Noite rápida pra os que vão deitar
Noite que jamais terminará
Noite tão fácil de sonhar
Noite de estrelas e luar
Noite de mais bela com luar
Noite que o dia desejou
Noite que jamais o encontrou
Noite o que mais falar de ti
Noite já é hora de partir


Judson Pereira
2010

Amor Enclausurado

No frio do silencio que me rodeia
Na angustia arrasadora do meu coração
Encontro uma luz me faz sentir vida
Vida enclausurada, em olhares que vem e vão.
Junto com um desejo de ser feliz
Desejo este que é esmagado por uma sociedade conservadora
Que valoriza o serviço e não o ser humano
Sociedade esta que reprime sentimentos
Fazendo-nos sofrer por muito tempo
Tempo este que é inimigo do amor
Amor amaldiçoado por não poder existir
Por não ter nascido no tempo
No lugar, na ocasião, no espaço certo.
Amor que deveria ser esquecido
Amor todos os dias coagido
Amor louco, insano e sem juízo.



Judson Pereira
2005

sexta-feira, 28 de maio de 2010

SINÔNIMO

Amar é quando não da mais pra suportar
A ausência da pessoa amada
É sentir no corpo uma dormência
É pensar em ir ao infinito pra encontra-la
É penetrar no olhar
É mergulhar inteiramente,
Ao ponto de estar em êxtase
Em tão poucos instantes
É abrir mão do seu existir
Para a felicidade de alguém
É penar quando não é correspondido
É alegrar-se ao ser correspondido
É esperar o inesperado
É sentir-se amargurado
É não temer o pecado
É olhar o horizonte com esperança
Amar é voltar a ser criança
Amar é exercer a vida
Amar pode ser uma ilusão
Amar é sinônimo de paixão

quinta-feira, 27 de maio de 2010

UM AMIGO PODE SER


Um amigo pode ser um tesouro bem difícil de achar
Pode ser uma pessoa que nem se precise amar
Pode se bem carinhoso ou mesmo arrogante
Pode ser que esteja perto e as vezes tão distante
Pode ser uma criança, um adulto ou um velhinho
Pode ser mesmo um cachorro um gato ou um passarinho
Pode ser que no caminho você venha a encontra-lo
Pode ser que no caminho você venha a perde-lo
Pode ser que mais de um você consiga encontrar
Pode ser que muitas vezes você venha a se enganar
Pode ser que nunca encontre um amigo de verdade
Pode ser que não exista esta tal felicidade
Pode ser que eu desista e pare de procurar
Pode ser que eu já tenha e não consiga enxergar
Pode ser que só no céu eu consiga encontrar
Mas em quanto eu tiver vida
Viverei a procurar.





Judson Pereira Dias da Silva
2005

VIVER É COMPLICADO

VIVER É COMPLICADO
POIS SE VIVE O INESPERADO
ESPERASSE MUITO DE QUEM
NÃO TEM NADA PRA DAR
É ACHAR-SE ENTUSIASMADO
E EM OUTROS DIAS DEPRIMIDO
É BUSCAR ALGUM SENTIDO
É AMAR SEM SER AMADO
É SOFRER
E SE PERGUNTAR POR QUE?
É A CERTEZA DO MORRER
É SONHAR COM O INEXISTENTE
É ESTAR EM MEIO A MUITA GENTE
E SE SENTIR SEMPRE SOZINHO
É UMA BUSCA POR CARINHO
DE UM POUCO DE ATENÇÃO
É ENCONTRAR UMA PAIXÃO
É PERDER-SE NO AMOR
É SER MAIS UM SONHADOR
NESTE MUNDO ALUGADO
POR ISSO VIVER É DIFICIL
É MUITAS VEZES MAIS FACIL
ATIRAR-SE DE UM PRECIPICIO
PROCURANDO SOLUÇÃO
PRA FUGIR DA ESCURIDÃO
POR ISSO É COMPLICADO VIVER
VIVER SEM AS RESPOSTAS
VIVER DE PORTA EM PORTA
PROCURANDO SE ENCONTRAR
O SEGREDO DO VIVER
ESTA SEMPRE BEM GUARDADO
EM UM LUGAR NA ESCURIDÃO
OU EM MEIO A UM CLARÃO
NESTE LUGAR INSONDAVEL
QUE SE CHAMA CORAÇÃO



Judson Pereira Dias da Silva
2005

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O QUE É O TEMPO?


O que é o tempo?
Será um ser imaginário?
Será um vilão?
Ou será um herói ?
Não sei
Será o tempo um Deus?
Alguns pesam que sim,
Pois controla tudo que existe
O ir e o vir
As alegrias e as tristezas
A duração dos sentimentos
A esperança e o sofrimento
Controla a fidelidade
Desafia a lealdade
É carrasco do amor
É aliado da dor
Pois corre para os felizes
Demora a curar cicatrizes
É bem lento pra quem sofre
É eterno pra quem morre
É covarde com a saudade
É assim que o tempo é
É amigo de quem quer
Sem critérios ou razão
É inimigo de paixão
Com as vividas é ligeiro
Com a não correspondida
É maldoso e traiçoeiro
Somos deles um cordeiro
Que é levado ao sacrifício
A hora em que ele bem quer
O tempo senhor de tudo é
É de verdade soberano
De tudo que há de existir
Só nos resta se divertir
E tentar usufruir do
Tempo que ele nos der
É dizer: fazer o que ?
Seja o que o tempo quiser.




Judson Pereira Dias da Silva
19/05/2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Judson Potiguar

"Viver é a Arte de se Reinventar a todo Dia"